NVIDIA GeForce GTX 950

NVIDIA GeForce GTX 950 em 2025: vale a pena considerar uma placa de vídeo desatualizada?
Introdução
A NVIDIA GeForce GTX 950 é uma placa de vídeo de baixo custo, lançada em 2015. Apesar de sua idade, alguns usuários ainda a consideram uma opção para tarefas básicas. No entanto, em 2025, sua relevância suscita dúvidas. Vamos entender quem pode se beneficiar deste modelo hoje.
1. Arquitetura e características-chave
Arquitetura Maxwell e processo de fabricação de 28 nm
A GTX 950 é baseada na arquitetura Maxwell (GM206), criada com tecnologia de 28 nm. Esta é a segunda geração de Maxwell, otimizada para eficiência energética. A placa suporta DirectX 12 (Nível de Recurso 12_1), OpenGL 4.6 e Vulkan 1.3, mas não possui suporte hardware para ray tracing (RTX) ou DLSS — essas tecnologias surgiram em GPUs mais recentes da série RTX.
Recursos exclusivos
Entre as "funcionalidades" destacam-se:
- ShadowPlay para gravação de gameplay;
- MFAA (Multi-Frame Anti-Aliasing) — anti-serrilhamento com menor uso de recursos;
- VXGI (Voxel Global Illumination) — iluminação aprimorada em um número limitado de jogos (por exemplo, Project Cars).
No entanto, em 2025, essas funcionalidades parecem arcaicas em comparação com o FidelityFX Super Resolution (AMD) ou DLSS 4.0.
2. Memória: tamanho e largura de banda
GDDR5 e especificações modestas
A GTX 950 vem equipada com 2 GB de memória GDDR5 e um barramento de 128 bits. A largura de banda é de 105,6 GB/s (frequência de memória de 6,6 GHz). Isso é suficiente para jogos de 2015 a 2018, mas em projetos modernos (como Cyberpunk 2077 Phantom Liberty ou Starfield) a quantidade de memória é insuficiente mesmo para configurações baixas. Sob carga, ocorrem "quedas" de FPS devido ao overflow de buffer.
3. Desempenho em jogos
1080p — limite das capacidades
Em 2025, a GTX 950 é adequada apenas para jogos menos exigentes:
- CS:GO — 80–120 FPS em configurações médias;
- Fortnite — 40–50 FPS em configurações baixas (sem suporte a DLSS ou FSR);
- GTA V — 50–60 FPS (configurações médias).
Em jogos de mundo aberto (Horizon Forbidden West, Assassin’s Creed Valhalla), a placa gera apenas 20–30 FPS mesmo nas configurações mínimas. 4K e 1440p são inalcançáveis — falta potência e memória. O ray tracing não está disponível por hardware, e a emulação por drivers resulta em quedas de FPS para 5–10 quadros.
4. Tarefas profissionais
CUDA e tarefas básicas
A placa possui 768 núcleos CUDA. Isso permite seu uso para:
- Edição simples no DaVinci Resolve (renderização em H.264);
- Trabalho no Blender em cenas básicas (mas a renderização de modelos complexos levará horas);
- Treinamento de redes neurais de nível inicial (com limitações no volume de dados).
Para tarefas sérias (como vídeos em 8K ou animações 3D), a GTX 950 não é adequada. Concorrentes como RTX 3050 (2048 núcleos CUDA) ou AMD RX 6500 XT (1024 processadores de fluxo) superam em muito.
5. Consumo de energia e dissipaçã de calor
TDP de 90 W e refrigeração modesta
A placa consome até 90 W, o que a torna uma das mais eficientes em seu segmento. Para montagem, um bloco de alimentação de 400 W é adequado (por exemplo, Be Quiet! System Power 10). O sistema de refrigeração normalmente inclui um ventilador — ruído em torno de 32–35 dB. Recomenda-se o uso de um gabinete com boa ventilação (como o Fractal Design Core 1100) para evitar superaquecimento em dias quentes.
6. Comparação com concorrentes
Desatualizada vs. modelos de baixo custo modernos
Em 2025, não há análogos diretos da GTX 950 — o mercado se deslocou para GPUs mais poderosas. Contudo, para comparação:
- AMD Radeon RX 6400 (preço $150): 4 GB GDDR6, suporte a FSR 3.0, 60 FPS em Apex Legends em configurações médias;
- Intel Arc A380 ($130): 6 GB GDDR6, suporte a XeSS, melhor desempenho com novas APIs.
Mesmo as novidades de baixo custo superam a GTX 950 em 100–200% em desempenho.
7. Dicas práticas
Para quem vale a pena adquirir a GTX 950 em 2025?
- Para PCs de escritório com uso ocasional de jogos antigos;
- Como uma placa temporária até o upgrade;
- Para HTPC (reprodução de vídeos 4K via decodificação HEVC).
Detalhes:
- Fonte de alimentação: 400 W + cabo de 6 pinos PCIe;
- Compatibilidade: PCIe 3.0 x16 (funciona em PCIe 4.0/5.0, mas sem ganho de velocidade);
- Drivers: suporte da NVIDIA foi encerrado em 2023 — problemas podem surgir em novos SOs e jogos.
8. Prós e contras
Prós:
- Baixo consumo de energia;
- Funcionamento silencioso;
- Suporte a tecnologias básicas da NVIDIA (PhysX, G-Sync em monitores compatíveis).
Contras:
- Apenas 2 GB de memória de vídeo;
- Sem suporte para ray tracing e DLSS;
- Drivers desatualizados.
9. Conclusão: para quem a GTX 950 é adequada?
Em 2025, a GTX 950 é uma opção para cenários extremamente limitados:
- Montagens de baixo custo: se você estiver disposto a comprá-la por $50–70 (novos exemplares são raros, geralmente usados);
- Upgrade de PCs antigos: substituição de GPUs ainda mais antigas, como a GTX 650;
- Sistemas eficientes em energia: por exemplo, servidores domésticos.
Para jogos e tarefas profissionais, é melhor considerar análogos modernos — até mesmo a NVIDIA GTX 1650 ($150) ou AMD RX 6500 XT ($130) oferecerão desempenho três vezes maior e suporte a novas tecnologias. A GTX 950 continua sendo uma solução de nicho, relevante apenas em condições de economia rigorosa.