NVIDIA GeForce MX150

NVIDIA GeForce MX150: Revisão de uma solução ultrapassada, mas relevante para sistemas compactos (abril de 2025)
Introdução
A NVIDIA GeForce MX150, lançada em 2017, continua sendo uma das GPUs móveis mais conhecidas para notebooks de baixo custo. Apesar da idade, dispositivos com esta placa de vídeo ainda estão presentes no mercado, especialmente no segmento de produtos usados. Neste artigo, vamos analisar quem pode se beneficiar da MX150 em 2025 e quais compromissos terão que ser feitos.
1. Arquitetura e características principais
Arquitetura Pascal: um legado modesto
A MX150 é baseada na arquitetura Pascal (GP108), fabricada no processo de 14nm da Samsung/TSMC. Esta é a primeira geração da NVIDIA otimizada para eficiência energética, o que explica a popularidade da placa em ultrabooks. No entanto, a MX150 carece de recursos modernos:
- RTX (ray tracing) e DLSS (upscaling) – ausentes, pois foram introduzidos apenas nas arquiteturas Turing e Ampere.
- FidelityFX (tecnologias AMD) – não suportado, mas alguns efeitos são compatíveis através de drivers.
Característica chave – consumo energético mínimo e resfriamento passivo em alguns modelos.
2. Memória: limitações do padrão ultrapassado
- Tipo e capacidade: GDDR5, 2 ou 4 GB (dependendo da modificação).
- Barramento e largura de banda: barramento de 64 bits oferece até 48 GB/s (para a versão com 4 GB – 40 GB/s).
- Impacto no desempenho: barramento estreito e memória lenta tornam-se um "gargalo" em jogos e ao renderizar. Por exemplo, texturas de alta resolução causam quedas de FPS.
3. Desempenho em jogos: apenas tarefas básicas
A MX150 foi criada para projetos menos exigentes. Exemplos de FPS (1080p, configurações baixas):
- CS2: 45-60 FPS (com quedas dinâmicas em cenas intensas).
- Fortnite: 30-40 FPS (modo Performance).
- Genshin Impact: 25-35 FPS (720p).
- Cyberpunk 2077: 15-20 FPS (720p, configurações mínimas — praticamente injogável).
Suporte a resoluções:
- 1080p: confortável apenas para jogos indie ou títulos antigos (por exemplo, The Witcher 3 em configurações baixas — 25-30 FPS).
- 1440p/4K: não recomendados mesmo para tarefas de escritório devido à falta de memória.
4. Tarefas profissionais: recursos limitados
- Edição de vídeo: edição básica no DaVinci Resolve ou Premiere Pro é possível, mas renderizar um vídeo em 1080p levará de 2 a 3 vezes mais tempo do que em iGPUs Intel Iris Xe modernos.
- Modelagem 3D: Blender e AutoCAD funcionam, mas cenas complexas exigem otimização. Os núcleos CUDA (384 unidades) ficam atrás até da GTX 1650 (896 núcleos).
- Cálculos científicos: adequada para tarefas simples em OpenCL/CUDA, mas para ML e redes neurais falta VRAM e poder computacional.
5. Consumo de energia e dissipação de calor
- TDP: 10-25 W (dependendo da versão: "Max-Q" ou padrão).
- Resfriamento: sistemas passivos ou coolers compactos. O superaquecimento é raro, mas em condições empoeiradas, pode ocorrer throttle.
- Recomendações para gabinetes: ideal para notebooks finos (por exemplo, ASUS ZenBook) ou mini-PCs com ventilação.
6. Comparação com concorrentes
AMD Radeon Vega 8 (integrada):
- Perde para a MX150 em jogos por 10-15%, mas consome menos energia e é mais barata.
- Exemplo: Rocket League — 50 FPS (Vega 8) vs 60 FPS (MX150).
Intel Iris Xe (2020+):
- Supera a MX150 em multitarefa e suporta decodificação AV1. Em jogos — paridade (depende da otimização).
NVIDIA GeForce GTX 1650 Mobile:
- De 2 a 3 vezes mais potente, mas requer resfriamento ativo e tem TDP de 35-50 W.
7. Dicas práticas
- Fonte de alimentação: para notebooks com MX150, um adaptador padrão de 65 W é suficiente. Para mini-PCs — fonte de 300 W.
- Compatibilidade: apenas PCIe 3.0 x4. Suporta Windows 10/11 e Linux (drivers Nouveau são limitados).
- Drivers: a NVIDIA encerrou o suporte oficial em 2024. A última versão estável é a 474.30.
8. Prós e contras
Prós:
- Eficiência energética.
- Funcionamento silencioso em sistemas passivos.
- Disponibilidade em notebooks usados ($150-250).
Contras:
- Sem suporte a APIs modernas (DirectX 12 Ultimate, Vulkan 1.3).
- Desempenho fraco em jogos após 2020.
- Capacidade de memória limitada.
9. Conclusão final: quem se beneficiará da MX150 em 2025?
Público-alvo:
- Estudantes: para estudos, assistir vídeos e jogos ocasionais.
- Usuários de escritório: trabalho com navegador, documentos e editores leves.
- Proprietários de sistemas antigos: upgrade de PCs com gráficos integrados (via MX150 em formato PCIe).
Alternativas: Se o orçamento permitir $300-400, considere notebooks com Intel Arc A350M ou AMD Radeon 780M — eles oferecem de 3 a 4 vezes mais desempenho com TDP semelhante.
A MX150 é um exemplo de "cavalo de trabalho" que se tornou tecnologicamente ultrapassada, mas manteve uma popularidade nichada graças à sua confiabilidade e acessibilidade. Em 2025, deve ser considerada apenas como uma solução temporária ou uma escolha restrita a tarefas básicas.