AMD Radeon R9 290

AMD Radeon R9 290 em 2025: nostalgia ou relevância?
Análise de uma lenda ultrapassada para tarefas modernas
Introdução
Lançada em 2013, a AMD Radeon R9 290 tornou-se um símbolo da era de GPUs de alto desempenho a preços razoáveis. No entanto, em 2025, 12 anos após o seu lançamento, seu lugar no mundo dos games e tarefas profissionais gera dúvidas. Vale a pena considerar essa placa hoje? Vamos analisar em detalhes.
Arquitetura e características principais
Hawaii: a base para o futuro
A R9 290 é construída sobre a arquitetura Graphics Core Next (GCN) 1.1 (codinome Hawaii), feita com o processo de 28 nm. Em sua base:
- 2560 processadores de fluxo;
- 160 blocos de textura;
- 64 blocos de rasterização.
Funcionalidades únicas para a sua época:
- Mantle API — precursor do Vulkan, otimizando a interação com a CPU.
- TrueAudio — processamento de som em hardware (raramente usado em games).
- Eyefinity — suporte a configurações de múltiplos monitores.
Limitações em 2025:
- Sem suporte para DirectX 12 Ultimate, ray tracing (RTX/DXR) ou aceleradores de IA (DLSS/FSR).
- Tecnologias modernas como FidelityFX Super Resolution (FSR) não estão disponíveis devido à falta de compatibilidade.
Memória: potencial e limitações
GDDR5: largura de banda recorde
- Capacidade: 4 GB.
- Tipo: GDDR5 com largura de banda de 512 bits.
- Largura de banda: 320 GB/s (superior à de muitas placas de baixo custo de 2025!).
Impacto no desempenho:
- Em games de 2024–2025, 4 GB de memória de vídeo é o mínimo crítico. Por exemplo, Starfield (2023) em configurações ultra em 1080p requer 6–8 GB.
- Largura de banda compensensará a falta de capacidade em projetos antigos (como The Witcher 3), mas para 4K ou texturas de alta resolução, os recursos não serão suficientes.
Desempenho em jogos: realidades de 2025
1080p: aceitável para projetos pouco exigentes
- Cyberpunk 2077: ~25–30 FPS em configurações baixas.
- Call of Duty: Warzone 2.0: ~40 FPS em configurações médias.
- Fortnite: ~50–60 FPS (sem ativação de FSR).
1440p e 4K: não para jogos AAA modernos
- Em Elden Ring (1440p, configurações médias): ~20–25 FPS.
- 4K é possível apenas em jogos indie ou projetos da década de 2010 (como GTA V).
Ray tracing: não suportado.
Dica: Para jogar confortavelmente em 2025, escolha configurações Low/Medium e resolução de 1080p.
Tarefas profissionais: ferramenta ultrapassada
Edição de vídeo e modelagem 3D
- DaVinci Resolve: renderização em 1080p é possível, mas 4K causará lag devido à falta de memória.
- Blender: a renderização OpenCL funciona, mas é mais lenta que as aceleradoras CUDA da NVIDIA.
Cálculos científicos
- Suporta OpenCL 1.2, mas algoritmos modernos (como aprendizado de máquina) exigem mais recursos.
Conclusão: A R9 290 serve para tarefas básicas, mas não para trabalho profissional com conteúdo 4K.
Consumo de energia e dissipação térmica
TDP: 250 W — herança do passado
- Fonte recomendada: 600 W (com margem para cargas máximas).
- Refrigeração:
- O cooler de referência (“turbina”) é barulhento e pouco eficiente.
- Procure modelos com coolers personalizados (como Sapphire Tri-X) ou instale refrigeração líquida.
- Gabinete: ventilação adequada é essencial (mínimo de 2 ventiladores para entrada/saída).
Comparação com concorrentes
Na sua geração (2013–2014):
- NVIDIA GTX 780: A R9 290 superou em desempenho, mas perdeu em eficiência energética.
Em 2025:
- NVIDIA GTX 1650 (4 GB): Comparável em preço no mercado de usados (~$80–100), mas consome 75 W e suporta DLSS.
- AMD RX 6400: Nova placa por $150–180 com desempenho semelhante, mas suporte a FSR e HDMI 2.1.
Resumo: A R9 290 perde para modelos modernos de baixo custo em eficiência energética e funcionalidades.
Dicas práticas
Fonte de alimentação
- Mínimo de 500 W (para sistemas com processadores de média faixa).
- Escolha modelos com certificação 80+ Bronze e proteção contra sobrecargas (como Corsair CX650).
Compatibilidade
- PCIe 3.0 x16 é compatível com placas-mãe PCIe 4.0/5.0, mas não irá explorar seu potencial.
- Verifique o suporte a drivers: atualizações oficiais da AMD foram interrompidas em 2022.
Drivers
- Use Adrenalin 21.6.1 (última versão estável para GCN 1.0–1.2).
- Para Windows 11, podem haver conflitos — teste antes de comprar.
Prós e contras
Prós:
- Baixo preço no mercado de usados (~$50–80).
- Alta largura de banda de memória.
- Suporte a Multi-GPU (CrossFire) para experimentos.
Contras:
- Ausência de APIs modernas (DirectX 12 Ultimate, Vulkan 1.3).
- Alto consumo de energia e ruído.
- Risco de compra de um exemplar desgastado.
Conclusão final: para quem serve a R9 290?
Esta placa de vídeo é uma escolha para:
1. Entusiastas de jogos retro, montando PCs para projetos da década de 2010.
2. Montagens econômicas, onde o preço mínimo é mais importante que a eficiência energética.
3. Solução temporária antes de adquirir um modelo moderno.
No entanto, se você precisa de desempenho estável em novos jogos ou tarefas profissionais — considere a AMD RX 6500 XT ou a NVIDIA RTX 3050. A R9 290 em 2025 continua sendo um produto nichado, mas seu potencial ainda não está totalmente esgotado para certos cenários.
Os preços são válidos até abril de 2025. São indicativos para dispositivos novos, mas a R9 290 está disponível apenas no mercado de usados.