AMD Radeon R7 265

AMD Radeon R7 265: Um Veterano de Orçamento em 2025 — Vale a Pena Escolhê-la?
Uma visão geral das capacidades, limitações e relevância de uma placa de vídeo de 2014 nas condições atuais.
1. Arquitetura e principais características
Arquitetura GCN 1.1: Legado da AMD
A AMD Radeon R7 265 é construída sobre a microarquitetura Graphics Core Next (GCN) 1.1, que em 2014 representou um avanço em eficiência e computação paralela. A placa utiliza um processo de fabricação de 28 nm, típico de sua época, mas obsoleto em 2025. Ao contrário das GPUs modernas com chips de 5 a 7 nm, a R7 265 possui uma densidade modesta de transistores — cerca de 2,8 bilhões contra 26 bilhões do RDNA 3.
Falta de tecnologias modernas
A placa não suporta ray tracing (RTX), DLSS ou FidelityFX Super Resolution. Sua única “novidade” é o suporte ao Mantle API, predecessor do Vulkan, que perdeu relevância. Para jogos de 2025, isso é crítico: sem upscaling ou aceleração de hardware RTX, ela se apresenta inferior até mesmo a novas opções de orçamento.
2. Memória: Números modestos para tarefas modernas
GDDR5 e 2 GB: Mínimo para sobrevivência
A R7 265 vem equipada com 2 GB de GDDR5 com um barramento de 256 bits e uma largura de banda de 179 GB/s. Para jogos de 2014 a 2016, isso era suficiente, mas em 2025 até projetos independentes como Hades II requerem 4 a 6 GB de VRAM. Títulos AAA modernos (GTA VI, Starfield) em configurações médias em 1080p consomem 6 a 8 GB, tornando a R7 265 inadequada.
Barramento e latências
Um barramento largo de 256 bits compensa parcialmente a pequena quantidade de memória, mas ao utilizar texturas de alta resolução, a placa começa a usar ativamente o arquivo de página no SSD/HDD, resultando em quedas de FPS.
3. Desempenho em jogos: Nostalgia do passado
1080p: Apenas projetos antigos e configurações baixas
Em 2025, a R7 265 é adequada apenas para jogos menos exigentes:
- CS2: 60–70 FPS em configurações médias.
- Fortnite: 40–50 FPS (Baixo, sem TSR).
- The Witcher 3: 30–35 FPS (Média).
1440p e 4K: Não para esta placa
Mesmo em 1080p, muitos jogos exigem configurações mínimas. Em resoluções mais altas, a placa não conseguirá fornecer um gameplay suave.
Ray tracing: Sem suporte
Ray tracing em hardware está ausente, e as implementações de software (por exemplo, em Cyberpunk 2077) reduzem o FPS a 10–15 quadros, o que é inaceitável.
4. Tarefas profissionais: Potencial muito limitado
OpenCL e drivers antigos
A R7 265 suporta OpenCL 1.2, o que a torna utilizável em tarefas básicas:
- Edição de vídeo: Renderização no Premiere Pro é possível, mas 300–400% mais lenta em comparação com GPUs modernas.
- Modelagem 3D: Blender Cycles funciona, mas os renderings levam de 5 a 7 vezes mais tempo do que em placas com CUDA.
Cálculos científicos
Para aprendizado de máquina ou redes neurais, a placa é inadequada devido à pequena memória e à falta de núcleos especializados (como o Tensor Core).
5. Consumo de energia e dissipação de calor
TDP de 150 W: Modesto, mas não ideal
A R7 265 consome até 150 W sob carga. Para comparação: a moderna Radeon RX 7600 (175 W) oferece 3 a 4 vezes mais desempenho com um TDP semelhante.
Resfriamento e gabinete
Os coolers padrão da placa são barulhentos sob carga (até 40 dB). Um gabinete com 2 a 3 ventiladores para entrada e saída de ar é recomendado. A melhor opção são gabinetes do formato Mid-Tower (por exemplo, NZXT H510).
6. Comparação com concorrentes: Passado vs. Presente
Análogos de 2014
- NVIDIA GTX 750 Ti: Menos potente (50–60% da R7 265), mas mais eficiente em termos de energia (60 W).
- AMD R9 270: Concorrente próximo com 2 GB de GDDR5, 10–15% mais rápida.
Alternativas modernas (2025)
- AMD Radeon RX 6400 (4 GB GDDR6): 2 vezes mais rápida, suporte a FSR 3.1, preço $150.
- Intel Arc A380 (6 GB GDDR6): Melhor em DX12/Vulkan, preço $120.
Conclusão: A R7 265 é inferior até mesmo às placas novas mais baratas de 2025.
7. Dicas práticas: Montando um sistema com R7 265
Fonte de alimentação
Mínimo de 450 W (por exemplo, Corsair CX450). Verifique a presença de um conector PCIe de 6 pinos.
Compatibilidade
- Plataforma: Suporta PCIe 3.0 x16. Compatível com placas-mãe em chipsets AM4, LGA 1700, mas não irá explorar o potencial do PCIe 4.0/5.0.
- Drivers: As últimas versões para a R7 265 foram lançadas em 2021. Funciona no Windows 11, mas alguns jogos exigem mods da comunidade.
Particularidades
- Use FSR 1.0 em jogos através de patches de terceiros (por exemplo, CyberFSR).
- Evite o Windows 12 — drivers podem não ter suporte.
8. Prós e contras
Prós:
- Preço baixo no mercado de usados ($30–50).
- Adequada para PCs de escritório e HTPC (streaming de vídeo em 4K).
- Facilidade de reparo (estrutura simples).
Contras:
- 2 GB de VRAM — crítico para tarefas modernos.
- Não há suporte a novas APIs (DirectX 12 Ultimate, Vulkan 1.3).
- Alto nível de ruído sob carga.
9. Conclusão final: Para quem a R7 265 é adequada?
Para quem:
- Proprietários de PCs com gráfico integrado pior que Vega 8 que desejam um upgrade por $40.
- Entusiastas de jogos retro (até 2016).
- Usuários que montam centros de mídia de baixo orçamento.
Por que não vale a pena comprar:
Se seu orçamento é de $100 ou mais, opte por novas placas como a RX 6400 ou Intel Arc A380 — elas oferecerão suporte a tecnologias modernas e desempenho duas vezes maior.
Encerramento:
A AMD Radeon R7 265 em 2025 é uma relíquia, justificável apenas em cenários extremamente limitados. Seu tempo passou, mas para tarefas nichadas ainda pode ter alguma utilidade.