AMD Radeon HD 6990M

AMD Radeon HD 6990M: retrospectiva da lenda da gráficos móveis
Abril de 2025
Na era em que placas de vídeo com suporte a ray tracing e tecnologias de redes neurais se tornaram norma, o interesse por GPUs clássicas do passado só cresce. A AMD Radeon HD 6990M é uma dessas lendas, que no início dos anos 2010 estabeleceu padrões de desempenho para laptops para jogos. Vamos analisar o que fez esse modelo se destacar, como ele se compara às soluções modernas e para quem ele pode ser útil hoje.
1. Arquitetura e características principais
Arquitetura TeraScale 2: a base do poder
A HD 6990M é baseada na arquitetura TeraScale 2, que estreou em 2009. Esta é a segunda geração da tecnologia da AMD, voltada para melhorar a eficiência dos blocos de shader. O chip foi fabricado com o processo de 40 nm, que em 2011 era padrão, mas hoje parece arcaico em comparação com os processos de 5 nm e 3 nm.
Características únicas da época
- AMD Eyefinity: suporte para até 6 monitores simultaneamente — uma revolução para configurações de múltiplos monitores.
- DirectX 11 e OpenGL 4.1: APIs relevantes na época, garantindo compatibilidade com jogos do final dos anos 2000 e início dos anos 2010.
- PowerPlay: otimização do consumo de energia de acordo com a carga — uma característica importante para GPUs móveis.
Tecnologias como ray tracing (RTX) ou FidelityFX Super Resolution (FSR) não estavam presentes — elas surgiram uma década depois. No entanto, para seu tempo, a HD 6990M era o carro-chefe, oferecendo 1120 processadores de fluxo e uma frequência de clock de até 715 MHz.
2. Memória: velocidade versus volume
GDDR5 e volume modesto
A placa de vídeo era equipada com 2 GB de memória GDDR5 com um barramento de 256 bits. A frequência efetiva da memória era de 3600 MHz, o que proporcionava uma largura de banda de 115,2 GB/s. Para jogos como Battlefield 3 ou Crysis 2, isso era suficiente para uma jogabilidade confortável em configurações altas em 1080p.
Limitações em 2025
Hoje, 2 GB de memória de vídeo é criticamente baixo, mesmo para projetos independentes. Jogos AAA modernos exigem pelo menos 6–8 GB, e texturas de alta resolução "devoram" os recursos da HD 6990M em segundos. A memória GDDR5, embora rápida para sua época, é inferior à GDDR6X e HBM2 em eficiência energética e densidade de dados.
3. Desempenho em jogos: nostalgia em quadros
1080p: outrora uma potência
Entre 2011 e 2013, a HD 6990M exibiu 30–60 FPS em jogos em configurações altas:
- The Witcher 2: ~35 FPS (Ultra);
- Skyrim: ~45 FPS (High);
- Metro 2033: ~25 FPS (Medium).
Projetos modernos: um teste de resistência
Em 2025, até mesmo em CS2 ou Fortnite nas configurações baixas em 1080p, a placa mal alcança 20–30 FPS. Resoluções de 1440p e 4K são inatingíveis — falta tanto poder quanto memória. O ray tracing, obviamente, não é suportado.
Conclusão: a HD 6990M é adequada apenas para jogos retro ou jogos indie menos exigentes, como Stardew Valley.
4. Tarefas profissionais: capacidades modestas
OpenCL e limitações de hardware
A placa suporta OpenCL 1.2, o que teoricamente permite seu uso para renderização ou computação. No entanto, com apenas 2 GB de memória e a falta de otimização para aplicativos modernos (Blender 4.0, DaVinci Resolve 2025), ela se torna pouco viável para trabalho.
Comparação com soluções modernas
Até mesmo a Radeon RX 7600M (8 GB GDDR6, arquitetura RDNA 3) é de 10 a 15 vezes mais rápida em tarefas de edição e modelagem 3D. Os núcleos CUDA da NVIDIA, claro, não estão disponíveis — são um exclusivo da "verde".
5. Consumo de energia e dissipação de calor
TDP de 100 W: não é das mais "gastadoras"
Para uma GPU móvel de 2011, TDP de 100 W era aceitável, mas exigia um sistema de resfriamento sério. Em laptops modernos finos, tais soluções não são utilizadas — a ênfase está na eficiência energética (por exemplo, o RTX 4050 Mobile tem TDP de apenas 35–115 W com gerenciamento dinâmico).
Recomendações de resfriamento
Se você estiver usando a HD 6990M em um PC personalizado (via adaptador MXM), será necessário um gabinete com boa ventilação e pelo menos 2 a 3 ventoinhas. A pasta térmica deve ser trocada anualmente — chips antigos tendem a superaquecer.
6. Comparação com concorrentes
Rivais de 2011
- NVIDIA GeForce GTX 580M: 2 GB GDDR5, 384 núcleos CUDA. A HD 6990M se destacava em configurações de múltiplos monitores, mas perdia na otimização para DirectX 11.
- AMD Radeon HD 6970M: modelo inferior com 960 processadores de fluxo — 15% mais fraco.
Em 2025
Comparar a HD 6990M com GPUs modernas é sem sentido. Até mesmo a econômica Intel Arc A380 (2023) a supera de 3 a 4 vezes em desempenho, suportando HDMI 2.1 e codificação AV1.
7. Dicas práticas
Fonte de alimentação e compatibilidade
- Fonte mínima: 450 W (com reserva para sistemas antigos).
- Compatibilidade: apenas placas-mãe com PCIe 2.0 x16. Para laptops — exclusivamente modelos de 2010 a 2013 com slot MXM.
Drivers: ponto sem retorno
O suporte oficial para drivers da AMD foi encerrado em 2018. A comunidade de entusiastas lança versões personalizadas, mas a estabilidade não é garantida. Para Windows 10/11, é melhor usar drivers de 2017.
8. Prós e contras
Prós:
- Valor histórico: um dos primeiros carros-chefes móveis da AMD.
- Suporte ao Eyefinity para configurações de múltiplos monitores.
- Preço baixo no mercado de segunda mão ($30–50).
Contras:
- Arquitetura desatualizada e falta de memória de vídeo.
- Falta de suporte a APIs modernas (DirectX 12 Ultimate, Vulkan 1.3).
- Alto consumo de energia para tarefas móveis.
9. Conclusão: para quem a HD 6990M é adequada?
Essa placa de vídeo é um artefato de uma época em que Crysis 3 era o padrão em gráficos. Em 2025, ela pode ser recomendada para:
1. Colecionadores — como parte da história do hardware de jogos.
2. Proprietários de laptops antigos — para atualização mantendo a autenticidade.
3. Entusiastas de jogos retro — para rodar Dragon Age: Origins ou Mass Effect 2 como foram concebidos.
Para todos os outros cenários — desde jogos até trabalho — é melhor optar por GPUs orçamentárias modernas, como a Radeon RX 7600M ou GeForce RTX 3050 Mobile. A HD 6990M permanecerá no coração dos geeks como um símbolo da luta por poder móvel, mas seu tempo sem dúvida já passou.