AMD Radeon HD 6790

AMD Radeon HD 6790 em 2025: nostalgia ou praticidade?
Análise de uma GPU ultrapassada para tarefas modernas
Introdução
A placa de vídeo AMD Radeon HD 6790, lançada em 2011, foi uma escolha digna para gamers com orçamento limitado. Mas como ela se compara às tecnologias de 2025? Neste artigo, vamos discutir se vale a pena considerar essa GPU hoje em dia e para quem ela pode ser útil.
Arquitetura e características principais
Arquitetura Barts: um legado do passado
A HD 6790 é baseada na arquitetura Barts com um processo tecnológico de 40 nm — um padrão do início dos anos 2010. Ela vem equipada com 800 processadores de fluxo e suporta DirectX 11, OpenGL 4.2 e Mantle. No entanto, não há qualquer indício de recursos modernos:
- Ray tracing (RTX) ausente — a tecnologia foi introduzida pelos concorrentes da NVIDIA apenas em 2018.
- FidelityFX Super Resolution (FSR) da AMD não é suportado — a placa não é compatível com o upscaling, fundamental para jogos atuais.
- Aceleração de AI (equivalente ao DLSS) também não está disponível.
Resumo: A HD 6790 é uma relíquia de uma época em que ray tracing e otimizações de AI ainda não faziam parte do desenvolvimento de jogos.
Memória: limitações e consequências
GDDR5 e barramento estreito
A placa possui 1 GB de memória GDDR5 com um barramento de 256 bits e uma largura de banda de 134 GB/s. Para 2025, isso é extremamente pouco:
- Jogos modernos exigem no mínimo 4–6 GB de VRAM, mesmo para 1080p.
- Texturas de alta resolução e shaders complexos simplesmente não caberão no buffer.
Problema: Em jogos como Cyberpunk 2077: Phantom Liberty ou Starfield, a placa enfrentará quedas frequentes de FPS e crashes devido à saturação da memória.
Desempenho em jogos: números e realidades
1080p — limite das capacidades
Em 2025, a HD 6790 será adequada apenas para projetos antigos ou jogos indie:
- CS2 (Counter-Strike 2): 40–50 FPS em configurações baixas.
- GTA V: 30–35 FPS em configurações médias.
- The Witcher 3: 20–25 FPS no mínimo.
4K e 1440p: Mesmo com FSR (se funcionasse), a placa não conseguiria lidar — falta de potência e memória.
Ray tracing: Não suportado. Tentativas de ativar modos RT através de emuladores de software (como Reshade) levam o FPS a cair abaixo de 10.
Tarefas profissionais: suporte fraco
OpenCL 1.1 e suas limitações
A HD 6790 suporta OpenCL 1.1 — uma versão desatualizada da API. Para comparação, aplicações modernas requerem OpenCL 3.0 ou CUDA (tecnologia da NVIDIA).
- Edição de vídeo: No DaVinci Resolve ou Premiere Pro, a renderização será extremamente lenta.
- Modelagem 3D: O Blender não conseguirá utilizar a GPU de forma eficaz para Cycles.
- Cálculos científicos: A ausência de suporte para FP64 torna a placa inútil para tarefas sérias.
Dica: Para trabalhos profissionais, é melhor escolher uma GPU com pelo menos 8 GB de memória e suporte para APIs modernas.
Consumo de energia e dissipação de calor
TDP de 150 W: ineficiente, mas tolerável
Para os padrões de 2025, a HD 6790 é ineficiente:
- Placas modernas de nível RTX 4050 (TDP de 100 W) oferecem de 5 a 7 vezes mais desempenho.
- Refrigeração: Cooler barulhento — um problema típico. Recomenda-se a troca por refrigeração líquida ou um grande radiador, mas a atualização não é economicamente viável.
- Gabinete: Mínimo de 2 slots de expansão e boa ventilação.
Comparação com concorrentes
Em relação a contemporâneos e análogos
- NVIDIA GTX 550 Ti (2011): A HD 6790 é de 15 a 20% mais rápida, mas em 2025 ambas as placas estão igualmente ultrapassadas.
- AMD Radeon RX 6400 (2023): O modelo moderno de entrada por $150 oferece um aumento de 200% no FPS e suporta FSR 3.0.
- Intel Arc A380 (2022): Por $120, oferece 4 GB de GDDR6, RT de hardware e XeSS.
Conclusão: Mesmo GPUs de baixo custo dos anos 2020 superam a HD 6790 em todos os aspectos.
Dicas práticas
Para quem decidir enfrentar o desafio
- Fonte de alimentação: No mínimo 450 W com conector de 6 pinos.
- Plataforma: Compatível com PCIe 2.0, mas é melhor usar PCIe 3.0/4.0 (compatibilidade reversa disponível).
- Drivers: O suporte oficial foi encerrado em 2018. Para Windows 10/11, é possível usar drivers modificados da comunidade, mas a estabilidade não é garantida.
Importante: A placa não suporta UEFI Secure Boot — podem ocorrer problemas de inicialização em placas-mãe novas.
Prós e contras
Prós:
- Preço baixo (se conseguir uma nova — cerca de $50–$70).
- Adequada para restaurar PCs antigos (por exemplo, máquinas Windows XP).
- Requisitos de alimentação mínimos em comparação com GPUs topo de linha de 2011.
Contras:
- Não lida bem com jogos e aplicações modernas.
- Sem suporte a FSR, ray tracing, novas APIs.
- Compatibilidade limitada com software atual.
Conclusão final: Para quem a Radeon HD 6790 é adequada?
Esta placa de vídeo é uma escolha para:
1. Entusiastas de retro-PC: Montagem de sistemas com sistemas operacionais antigos (Windows 7/XP) ou execução de jogos clássicos dos anos 2000.
2. Solução temporária: Se você precisa de uma GPU barata para trabalhar com aplicativos de escritório ou assistir a vídeos.
3. Colecionadores: Como artefato de uma era anterior à revolução RTX e AI.
Para todos os outros: Até mesmo novidades de baixo custo como Radeon RX 6500 ($160) ou Intel Arc A310 ($100) são um investimento melhor.
Conclusão
A AMD Radeon HD 6790 em 2025 é um exemplo de como a indústria evolui rapidamente. Ela nos lembra de um tempo em que 1 GB de memória era suficiente para jogos e o ray tracing parecia uma fantasia. Mas hoje seu papel é ser um item de museu ou um salvador para retrocomputadores. Se você não é um colecionador, considere opções modernas — elas valem a pena.